A porta paralela do micro é o meio mais fácil para controlar dispositivos externos. A comunicação que se dá entre o computador (que é responsável pelo comando através da programação) e a placa é estabelecida por via da porta paralela. Ela pode ser entendida como uma interface de comunicação entre o computador e qualquer periférico conectado a ele. São vários os periféricos que utilizam-se desta porta para enviar e receber dados para o computador. É uma interface de comunicação paralela de 8 bits e, portanto têm-se oito bits disponíveis lá. Como cada bit de dados pode ser transmitido como “
Nos sistemas operacionais da família Windows 9x, a maioria das linguagens de programação acessavam com facilidade a porta paralela através de funções nativas da própria linguagem ou via código assembler.
Sistemas operacionais como o Windows NT/2000/XP não permitem o acesso direto a este tipo de porta. Nesse caso é necessário um driver de sistema, pelo fato de hoje em dia seu e dados a velocidades cada vez mais rápidas, a exemplo da USB que hoje permite a transmissão de até 60MB/s enquanto a Porta Paralela no modo SPP chega ao máximo em 150KB/s.
O controle de qualquer aparelho que esteja conectado à porta paralela pode ser feito com uso de linguagens de programação simples como a linguagem C. O programa comanda o envio e/ou recebimento de bits que são transferidos do conector DB25 (mais utilizado) Fêmea, que fica atrás do computador, para o conector DB25 Macho, que fica no aparelho ou placa de circuito como no nosso caso, utilizando o cabo paralelo como meio de transmissão.
O conector DB25 tem esse nome por possuir vinte cinco pinos. No DB25, um pino está em nível lógico 0 (significando: “não/desativo”) quando a tensão elétrica no mesmo está entre 0 à 0,4v e em nível lógico 1 (significando: “sim/ativo”) quando a tensão elétrica no mesmo está acima de 3.1 e até 5v.
Cada conjunto de alguns desses pinos tem, por conseguinte, uma função própria. Para a aplicação no circuito da envasadora utilizaremos como saída de dados, os pinos 2,3,4,7,8 e 9 (ou “D0,D1,D2,D5,D6,D7”), e como entrada de dados a serem emitidos pelo fototransistor (receptor do sensor barreira de luz) utilizaremos o pino 13 do tipo Status (“S4”). Os pinos de 18 à 25 ficam responsáveis pela ligação “terra” (ou GND) permitindo o estabelecimento da tensão (ou diferença de potencial) desejada para o circuito e seus dispositivos ligados. O conector usado na placa padrão foi do tipo DB25 Macho 90º, mais fácil de soldar em placas de circuito.
Como a corrente elétrica de saída da porta paralela (25mA) não é capaz de fornecer a corrente necessária para acionar os terminais da bobina dos relês (que por sua vez deve ativar o motor contínuo, a válvula e a bomba de esguicho) torna-se necessário a utilização de um driver lógico de potência, o Circuito Integrado (ou chip) ULN2003.
Ele é um componente feito de silício (semicondutor) montado geralmente em um suporte plástico contendo diversos pinos. Dentro dele há milhares de transistores, do tipo “Darlington”, e são usado por permitir a transmissão de corrente ao nível daquela que excita o relê. Contém ao total 16 pinos, dos quais 14 podem ser usados como entradas de corrente vinda da porta paralela e saídas direcionadas a terminais do relê, e suportam no máximo correntes de até 500mA e tensão de 50V. Para a contagem dos pinos, deve se observar o chanfro que indica a posição superior, de onde, à partir dos pinos do lado esquerdo se inicia a contagem. Na aplicação do circuito bastou a utilização de apenas um ULN2003 em razão dele fornecer sem dificuldades a corrente necessária (cerca de 450mA) para acionar os 3 relês.